Mais de 180 candidatos e candidatas indígenas estarão nas urnas neste ano – um número recorde na presença de povos originários na política.
“Quanto mais nos sentimos ameaçados, mais criamos instrumentos de defesa”, afirma Keyla de Jesus, liderança indígena do povo pataxó.
A advogada, pesquisadora e doutoranda em Direito na UNB explica que a participação indígena na esfera política brasileira tem sido articulada como estratégia de defesa contra as ameaças aos direitos dos povos originários nos últimos anos.
“Ainda é muito difícil para nós indígenas entender toda essa política não indígena, que seria essa política através de filiação partidária […] Não só no contexto indígena, mas no contexto do povo brasileiro, esse tipo de informação não chega para todos”, explica.
“São vários povos que têm como a sua principal forma de comunicação a língua indígena. Então para fazer essa tradução do que é essa política não indígena e do que é a forma de representação indígena ainda é difícil.”
Em entrevista a Renata Lo Prete, Keyla ainda explica os entraves que impedem o aumento da participação política de lideranças indígenas.
Por G1